Fazer muito às vezes implica em recolher-se e colocar-se em oração,
provar antes do horto ao invés da consolação.
Ser feliz está muito além do que ter um sorriso nos lábios,
é consequência de uma vida ao lado de Deus, empenhada no
serviço ao próximo.
Amar é intensificar o empenho em ser melhor e transformar
as margens, adentrar as moradas e desvendar os segredos
do grande castelo e conhecer cada vez mais o Rei que em seu
interior habita.
Esquecer não é perdoar, tampouco abrir mão das feridas que
foram causadas ao longo do tempo...
Agora perdoar sim, com certeza, é render-se e não esquecer a filiação
divina, é crer que vale mais à pena a misericórdia do que o julgamento.
Crescer implica renúncia, perca de si e muitas vezes uma grande
revolta, um sentimento de incompreensão e uma secura, um deserto
interior.
Amadurecer é conseguir olhar para o deserto e ver que mesmo em meio
às tantas imperfeições, Deus não desiste de confiar sempre mais e de
manter viva a nascente que corre em meio a este deserto.
Esse rio que corre, transpassa o nosso santuário, gera vida e não cessa,
é consolo para os que sofrem, refúgio para os que naufragam, é sempre
nascente, sempre vivo, pois é o próprio Espírito que orienta o curso de
sua água, esse rio que corre, sou eu, é você! A água sempre nascente
é a misericórdia divina, que inunda vidas, transborda amor e é frescor
para as almas que vagam pelos desertos.
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